terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Louco é pouco, sou Escritor

Preciso escrever algo, é quase que uma confissão. Quando escrevo, eu falo sozinho, dou risadas sozinho, reclamo de mim e dos personagens. Ando pela casa, choro, fico alegre, sofro e grito. É o grito e o sentimento do culpado, do justo, do que restou da batalha. Me emociono, emudeço, ouço mais e falo muito mais, converso com meus personagens, exploro suas emoções, que acabam sendo desdobramento das minhas. Vivo muitas vidas em uma única vida, enriqueço a minha alma e fortaleço meus personagens, eles ganham vida.

Desligado do mundo visual, parto em uma viagem etérea. As sinapses vão ao extremo e a mente assemelha-se à de um doente. Adentro um novo mundo, que é meu. Tomo posse de seu ambiente e o mudo, para doar ao leitor, assim que termino de compô-lo. É um mundo que só passa a existir, quando vai ao papel. Então volto ao normal e curto a próxima viagem.
Quando o mundo gosta, cria uma nova ordem, uma nova realidade. O desejo, ao escrever, é carregar o máximo de seres humanos para um outro planeta, abduzindo-os. Para depois devolvê-los contaminados pelo vírus da fantasia, esperando que contaminem ainda mais seres humanos.
Não há espaço para dó e nem piedade, quantos mais carregar, mais a fantasia se torna realidade. Então vem a pergunta "será que todos já não estão fazendo parte de algum livro, afinal, muito do que falam, vivem e fazem, acaba sendo parte do livro da vida de cada um?".
Talvez tentem impedir de escrever, de falar, de ouvir e de ver. Mas nunca calarão a voz do coração e sua mente.

Eu fujo para o meu mundo e só volta quando tudo está mais calmo. Uma calma aparente pois a vontade é de conturbar a realidade, com uma nova realidade, mais fantasiosa. Vou agora para o meu canto, usar o seu tempo livre. Como se escritor tivesse tempo livre, como se escritor ficasse só. No meu canto, pensam que descanso, mas a mente inquieta, ainda escreve. em letras de fumaça nas lousas da fantasia. Em minha mente vejo o impossível, concebo o incrível e acredito no invisível. Quando escrevo, tudo fica real e o real vira fantasia.
---------------------------
Esse texto é de autoria de J.C.Hesse. Ao utilizá-lo, total ou parcialmente sem que o autor seja informado, você estará incorrendo em um delito intelectual. Nada do que escrevo é meu. É do mundo! Para evitar problemas é só comunicar o autor, pedindo-lhe autorização.
---------------------------

"Fantasia? Mito? Lenda? Descubra você mesmo(a) quem é Zézu!"
Se souber ou desejar saber de algo mais, faça parte desta busca!
Obrigado, até a próxima! Anota ai na sua agenda.

---------------------------
Esse texto é de autoria de J.C.Hesse. Ao utilizá-lo, total ou parcialmente sem que o autor seja informado, você estará incorrendo em um delito intelectual. Nada do que escrevo é meu. É do mundo! Para evitar problemas é só comunicar o autor, pedindo-lhe autorização.
---------------------------




Abraços, J.C.Hesse - Autor da obra Tallek
Autor e Auxiliar Administrativo do Clube dos Novos Autores - CNA
Meus Blogs: Janela do Universo - JU e Diário do Zézu - DZ
Meu Twitter: JCHesse
------------------------------
--------------------------------------

4 comentários:

André Moreira disse...

J.C Hesse, meus parabéns pelo talento meu amigo! Somos sim, loucos, mas criadores de mundos! Grande abraço!

historiasdoandrevicttor.blogspot.com
www.amigosdaliteraturaemgeral.blogspot.com

RUDYNALVA disse...

J.C. Hesse!
Cada vez que leio um texto seu, acho mais interessante a forma como aborda os temas, como expressa seus sentimentos sem receio do que possam pensar ou falar. Parabéns!

Será que pode comentar nessa postagem lá do blog:
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com/2012/02/entrevista-3-escritora-ana-carla-santos.html
Agradeço de coração obrigada!
Desejo um carnaval com tranqüilidade e uma ótima semana.
Cheirinhos
Rudy

Elisandra Eccher de Andrade disse...

Oi JC, sabe realmente todos devemos fazer parte de um livro, afinal cada um tem a sua própria vida e suas próprias escolhas que vão nos moldando na pessoa que somos hoje, adoro seus textos. Já pensei muitas vezes em começar a escrever algo, mas digamos que eu imagine demais e escreva de menos...kkk...meus dedos não são páreos para minha mente que tem uma velocidade que as vezes até me assusta.....se eu escrevesse tudo que penso....nossa nem sei o que seria....kkkkk....quem sabe um dia eu tente me fazer passar por muda pra ver se escrevo mais do que falo e penso....beijokas elis!!!!!!

Cesar disse...

Tive afinidades com vários trechos do texto, principalmente com "...mas a mente inquieta, ainda escreve, em letras de fumaça nas lousas da fantasia". rs