Com insistência e sem perdão, meu ser é envolvido por algo difícil de entender. Uma força que não move meu ser, mas impede-o de mover-se. Quero arrancar somente a parte ruim deste sentimento, deixar, apenas, o doce sabor da lembrança. Sei que meus olhos verão novamente, pior seria se não houvesse esta certeza. Minutos tornam-se dias, horas são contadas como semanas e, um dia, nossa! Nem te conto.
Mas confesso, adoraria esticar uma das mãos, somente para tocar. Tocar o que não posso ter. Condenei-me há apenas ver. Olho como um jogador, que dissimula o trunfo, para conquistar a partida. Num jogo em que não posso estar em campo. Desejando uma vitória que não existe, pois é preciso perder, para ganhar. Vontades antagônicas que torturam a alma. Calando a boca e tirando a calma. Pensamentos egoístas e desejos proibidos. É uma sina que não é escolhida, acontece.
Dedilho o que não falo, pois falar é entregar o sentimento. Enquanto se escreve, parece fantasia. Sendo fantasia vou me enganando. Quando se escreve, mesmo que seja com a alma, quem lê, sente na alma, mas não vê a de quem escreve. Como entender o que acontece? Como libertar o que tem que ficar preso? Porque algo que é sem forma ou corpo, tem tanto peso? Como conter o que não tem dimensão e tamanho?
A quem diga que saudade é apenas uma palavra.
Quem dera!
Ao utilizar todo ou parte deste texto, agradeço se mencionar a autoria.
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Abraços, J.C.Hesse - Autor de "Tallek" - "Cartas e Sombras"
Assessor Administrativo do Clube dos Novos Autores - CNA
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