sexta-feira, 29 de julho de 2011

A incognoscível vida de um poeta

Um poeta é um mistério ambulante, nunca é possível saber o está abstraindo, até que escreva algo, parece estranho não é mesmo? Mas não é, digo, não é estranho o poeta ser estranho, nossa, estou confundindo ainda mais. Enfim, é assim um poeta, capaz de extrair de tudo algo a se dizer, os melhores nunca ficam calados. Fala da alegria, mesmo que não seja a sua. Fala da tristeza, mesmo que não seja sua. Fala da natureza, humana ou não, com tamanha propriedade que chegamos conhecê-la profundamente. Seus olhos enxergam além do horizonte comum, talvez por conhecer o que há lá, quem sabe não conheça mesmo!

E porque considero um poeta um ser estranho? Oras, uma pessoa que goste de escrever e escolhe um caminho literário, praticamente define sua personalidade literária por meio do gênero escolhido, romance, aventura, ficção, terror, policial, entre outros. Um escritor também consegue escrever livros sobre dois gêneros distintos, são poucos. Mas um poeta não tem um mundo específico, nem o "Mundo da Lua" pode ser considerado seu, embora também fale dele. Não tem "Terra Natal", um poeta se apropria de tudo e de todos, todas as vidas são suas, todas as alegrias são suas e todas as tristezas também. Para aumentar a dicotomia deste ser estranho há a Natureza, que é sua serva e sua mentora, pois a viva e a morte lhe são musas inspiradoras.

Um poeta vive cada palavra do que escreve como uma pena, solta ao vento, sentindo a brisa que a conduz, e suas palavras não precisam de lógica ou racionalidade, apenas de coerência. Enquanto as faculdades vão formando psicólogos e psiquiatras, com o objetivo de "entender" o Ser Humano, um poeta se especializa em "ler a alma humana e ainda compreender os movimentos da natureza", sob uma ótica bem menos teórica e fundamentada. Um poeta é capaz de caminhar entre a perfeição da matemática e o falho Ser Humano, abstraindo destes dois extremos um novo mundo a cada frase.

Um poeta dificilmente vai teorizar algo em suas palavras, caso em contrário poderá ser confundido com um filósofo. E, não ficar ancorado a um porto comum e seguro é o que torna um poeta livre, para falar do simples ao composto, da ideia ao pensamento e da realidade à ficção.

E você, gosta de poetas? Comente esta matéria e diga algo sobre ela, quem sabe não acorda algo em você.

Eu gosto de escrever. Procure-me no Google, digite "Tallek Mox" ou "J.C.Hesse".
Minhas Publicações
Abraço de seu futuro e eterno amigo,
J.C.Hesse

Um comentário:

Clube dos Novos Autores - CNA disse...

O poeta é o ser andrógeno remanescente do que restou entre o bem e o mal. Respiraremos entre os versos eternamente...
Obrigada pela visita, pelo apoio e por seguir ao meu lado, Jean1
abs,
Adriana